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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para os meus filhotes



Pensa em mim!. . . 

Quando a solidão te acompanhar. . . 

Como alguém que te quer

Como alguém que te ama .

Pensa em mim!. 

Quando estiveres triste.

Lembra-te que estou aqui . . .

Que faço tudo para te ver feliz.

Pensa em mim!. . .

Quando estiveres feliz.

Vê a minha alegria ao ver o teu sorriso.

Não esqueças o bater do meu coração.

Pensa em mim!. . .

Que simplesmente o existires. . .

É o suficiente para que eu me sinta mulher

E tua mãe!. . . 


sexta-feira, 25 de março de 2011

Trancada no meu quarto.

Trancada no meu quarto. 
Na solidão do meu espaço. 
Volto atrás no tempo! …
Oiço o som do batuque.
Vejo o Cunene correndo.
Sinto a frescura das suas águas.
Lá longe! … a quitandeira chama! …
O sumo das mangas escorre …
Escorre entre os meus dedos.
Ai o sabor! …ai o sabor! …
Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço.
Acompanhada de mil recordações! …
Oiço o som da tua voz,
Sinto o calor do teu corpo,
As carícias das tuas mãos,
O sabor da tua boca!…
Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço.
Caminho! …caminho … caminho! …
Para onde vou?…para a escola?… 
Ensinar as minhas crianças? …
Até à pensão do Fonseca? … falar com a Romi? …
Nem eu sei… vou!… vou!…
Até onde a minhas recordações me levarem! …
Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço! …

Conceição Santos


sexta-feira, 11 de março de 2011

O Tempo

O tempo passou correndo!
A juventude o acompanhou.
Hoje olho para o tempo! 
Mas ela! . . . ela não voltou! . . .
O tempo volta sempre.
Porque quem manda! . . . É o tempo! 
Mas o que passou correndo ! . . .
Foi tempo que já passou! 
Quem me dera voltar ao tempo! . . .
Ao tempo que já passou! 
Para o acompanhar lentamente . . .
E viver o tempo que me faltou.
Vivia tudo novamente!
Mas seria devagar! . . .
Enquanto o tempo corria!
Eu ficaria a olhar! . . .
Ficaria a olhar!
O tempo passar correndo! . . .
E eu sem o acompanhar!
Mais tempo iria vivendo! . . .

Conceição Santos


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Molha tolos


Está chovendo! 
Devagar devagarinho . . .
Não faz plic ploc! 
Molha tolos e tolinhos.
Já vai molhando os beirais,
Caminhos e arrozais . 
No seu correr de mansinho! . . .
De mansinho vai molhando! 
Os tolos e os tolinhos.
Gosto desta chuva assim!
Devagar, devagarinho . . .
Vai regando os quintais ,
Os tolos e os tolinhos.
Já viram como andam de vagar? 
Como não se fossem molhar? . . .
Por isso é molha tolos! 
Porque devagar, devagarinho. . .
Molha tudo o que encontra
No seu caminho! . . .



Imagem encontrada na net

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Esta palavra saudade

"Esta palavra saudade
Que eu trago na garganta"!...
Meu Deus!...
Como o poeta tinha razão!...

Palavra triste...
Palavra alegre...
Palavra que amarga...
Palavra que acompanha...
Palavra que mata...
Palavra que acarinha...
Palavra que amassa...

Saudade de quem partiu...
Saudade de quem amou...
Saudade de uma vida...
De algo que já passou!...

E como o poeta tinha razão!...
Palavra sem tradução!...
 
Alentejo, Abril de 2008
Conceição Santos


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Alentejo é uma tela de Miró




Dia após dia olho a paisagem…
O azul do céu, o correr das nuvens!…
Um peneireiro bate as suas asas…
Rapidamente pica sobre a sua presa!…
Lá longe a cegonha passeia…
Como tem um andar elegante!…
O rebanho anda calmamente…
Olho novamente a paisagem!…
Fecho os olhos e sinto!…
Sinto o ondular do vento…
Aquela brisa que passa…
Num correr lento e quente…
Sinto o calor do sol…
Caindo sobre a minha pele.
E o cheiro!…meu Deus o cheiro!…
O cheiro da terra quente!…
O perfume das flores silvestres…
Numa mistura de ervas aromáticas!…
Lá estão os poejos com as margaridas…
Os orégãos com as papoilas…
Olho novamente a paisagem…
As cores se misturam tão definidas!…
O amarelo, o verde e o encarnado!…
Cores tão brilhante e distintas…
Decididamente o Alentejo é!…
É uma tela de Miró!…


domingo, 6 de fevereiro de 2011

De lá e de cá

Não sou de lá!. . .
Sou de cá.
Mas é como se de lá fosse. . .
Quando estou cá. . .
Quero estar lá.
Quando estava lá!. . .
Queria estar cá.
Entre o cá e o lá. . .
O meu coração se reparte. . .
A minha alma se aperta. . .
Os meus olhos choram. . .
Choram de saudade do lá. . .
Dos seus cheiros. . .
Do seu sol e tanto mais!. . .
Quando estava lá. . .
Chorava de saudades do cá! . . .
Da minha família, dos meus amigos. . .
Até dos passeios que pisei.
Como viver assim?
Neste dividir constante. . .
Entre o cá e o lá! . . .

Conceição santos


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Aquela árvore na beira da estrada

Aquela árvore!…
Aquela árvore na beira da estrada…
Linda e majestosa…
Os braços estendidos ao vento…
Os ramos verdes e frutos maduros…
A sua sombra deliciosa!…
Convida a preguiça numa tarde Verão…
Aquela árvore!…
Onde os pássaros fazem os ninhos…
O chilrear é constante…
O pastor dorme na sua sombra…
O cão guarda o rebanho…
Os animais guardam as suas crias…
As formigas labutam ao som da cigarra…
Aquela árvore!…
É só uma recordação…
Morreu…secou e virou lenha…
Mas no meu pensamento!…
Ela continua lá!…
Aquela árvore na beira da estrada!…