sexta-feira, 28 de abril de 2017

Sines na rota dos grandes navegadores / Sines Tall Ships Festival 2017

Iniciou-se hoje um grande festival tanto em terra como no mar.
Este evento que nos mostra a rota dos grandes navegadores, apresenta-se com uma magnífica organização…
Vão estar presentes 21 magníficos veleiros divididos pelos vários espaços náuticos de atracagem que o porto tem, havendo transporte á disposição (grátis) de quem os quiser visitar.
O festival termina dia um com a largada dos veleiros a caminho das Bermuda e…

Esta regada de grandes veleiros comemorativa dos 150 anos da Confederação do Canadá, partiu do Reino Unido e está neste momento em Sines. Vai novamente navegar em direção a Las Palmas, atravessa o Atlântico até Bermuda, visitara algumas cidades dos Estados Unidos e o país "aniversariante" do Canadá. Em Agosto volta novamente a atravessar o Atlântico para finalizar em "Le Havre"(França)

Se aproveitar este fim de semana alargado e vier até Sines não lhe faltarão motivos para ficar feliz. Há de tudo um pouco começando pela gastronomia, passando por lugares de laser e divertimento tanto para adultos como crianças, acabando com a bela paisagem…
Fui lá hoje e deixo aqui uma mostra de fotos que tirei, assim como alguns sites que convido a visitar:

http://www.aporvela.pt/sinesrdv2017/

http://sines.pt/frontoffice/pages/396?news_id=679
































                           Uma parte da linda cidade de Sines e a praia Vasco da Gama



                                                                    Uma parte da cidade.



Baía da praia Vasco da Gama


Atyla e o Vera Cruz




Espaço para a criançada.











quarta-feira, 26 de abril de 2017

Petit Chef / cozinha pedagógica



Este mês visitei regularmente o Peixe em Lisboa 2017.
Nestas minhas visitas verifiquei que me cruzava com grupos de criança o que não é normal neste evento.
Segui um dos grupos, levada pela curiosidade…espanto meu!... Estas crianças dirigiam-se para um workshop de culinária.
Num dos cantos do Pavilhão Carlos Lopes, estava montado um espaço muito agradável, onde a chef Joana Byscaia dava aulas pedagógicas à criançada. Foi agradável ver as crianças a confecionarem um prato de arroz e peixe.
Tirei algumas fotos a dois irmãos franceses, (com autorização dos avós) que demonstram o que relato. (não fotografei mais crianças porque não é do meu gosto colocar fotografias de crianças na net)
Dialogando com Joana Byscaia, tomei conhecimento que esta tem já há alguns anos um espaço em Oeiras onde promove estes eventos com bastante aceitação.
Penso ser importante iniciar cedo as crianças a envolverem-se naquilo que devem comer saudavelmente. Faz lembrar o ditado "de pequenino é que se torce o pepino ".

Deixo aqui algumas imagens e contato:

http://www.petitchef.pt/

info@petitchef.pt












terça-feira, 25 de abril de 2017

Banana pão frita

Banana pão
Como todo o mundo sabe a banana faz parte da alimentação em todo o mundo.
A variedade é imensa, e África não foge à regra. Ela está muito presente na alimentação africana.
Os países lusófonos africanos integram este fruto na sua alimentação há algumas centenas de anos.
Foram os portugueses que o levaram em primeira mão à costa ocidental de África. No entanto quando os portugueses chegaram à costa oriental, ela já lá tinha chegado.
Perguntar-me-ão como é isto possível?
Simples a resposta:
A banana é originária do sudeste da Ásia e lentamente se foi expandindo para ocidente. Chegou à Europa através do Mediterrâneo pela mão dos mercadores árabes que também a divulgaram pelo norte de África.
Nos séculos quinze e desaseis os portugueses começam a plantação sistemática de bananais nas ilhas atlânticas, no Brasil e na costa ocidental africana. No entanto quando chegaram à costa oriental de África, ela já lá estava.
As bananas permaneceram desconhecidas, por muito tempo, da maior parte da população europeia. Por isso, Júlio Verne na obra "A volta ao mundo em oitenta dias" que data de 1872, descreve a banana detalhadamente, ele sabe que grande parte dos seus leitores a desconhece.

Deixo aqui três maneiras simples mas deliciosas de fritar banana pão:







Chips de banana pão (tipo batatas fritas de pacote)

Banana pão q.b. (têm de estar verdes)
Sal q.b.
Água q.b.
Óleo para fritar q.b.

Descasque a banana, corte fininha com a ajuda de um cortador de batatas e mergulhe a banana em água temperada com sal por alguns minutos.
Escorra-as e frite-as em óleo bem quente.
Tem de ter cuidado para não fritarem demais, pois ficam rapidamente escuras. Eu gosto delas fritas de maneira a ficarem estaladiças mas douradas.

Depois de fritas, escorra-as e tempere a seu gosto com sal ou açúcar.







Banana pão frita para acompanhamento

Banana pão q.b.
Ovo q.b.
Farinha de trigo q.b.
Pão ralado q.b.
Óleo para fritar q.b.

Descasque a banana e corte em quatro ou cinco bocados (deriva do tamanho da banana).
Passe os bocados de banana por farinha de trigo. Passe por ovo batido e passe novamente os bocados de banana por farinha de trigo misturada com pão ralado.
leve a fritar em óleo quente.
Depois de frita, deixe que escorra.
Sirva como acompanhamento de carne ou peixe.

Nota: pode misturar na farinha um pouco de sal refinado.







Banana pão frita em manteiga
Banana pão q.b. (maduras)
Manteiga para fritar q.b.
Açúcar e canela em pó para polvilhar q.b.

Descasque e corte em tiras a banana pão.
Frite as tiras de banana pão em manteiga previamente derretida.
Coloque a banana pão frita num prato e polvilhe com açúcar e canela a seu gosto.

Sirva como sobremesa.












quarta-feira, 19 de abril de 2017

Açorda (sopa) de tomate à moda do Alentejo

Há uns dias fui jantar ao restaurante rolo e foi servida uma sopa de tomate maravilhosa.
Tirei uma foto e aqui vos deixo a minha versão desta iguaria.

Açorda (sopa) de tomate à moda do Alentejo (4 doses)


Pão alentejano q.b.
500g de tomates bem maduros
2 cebolas
Alho a gosto
4 ovos frescos
Água q.b.
Azeite q.b.
1 ramo de coentros ou salsa picada
Sal q.b.
Pimenta preta a gosto (não obrigatório)




Comece por descascar as cebolas e os alhos. Pique tudo, refogue em azeite até a cebola ficar macia.
Entretanto, lave e corte o tomate em cubos. Junte o tomate ao refogado e deixe apurar até ficar cozinhado a seu gosto sem esquecer de temperar com sal e um pouco de pimenta preta. Se o tomate não ficar com líquido suficiente para a realização deste prato, acrescente um pouco de água. Quando a tomatada estiver cozinhada, adicione os ovos para escalfarem. (não deixe que os ovos cozam demais) 
Sirva a sopa em cima das fatias de pão e polvilhe com coentros picados.
Dica: Nesta açorda eu gosto de juntar ao tomate pimento também picado.
No Alentejo é normal acompanhar esta sopa com peixe frito.



Este prato tanto é conhecido como açorda, como sopa. Deriva da zona do nosso país.


quinta-feira, 13 de abril de 2017

Bola de carnes

Estamos na Páscoa e não poderá faltar na minha mesa uma bela bola de carnes.
O mesmo acontece a uma grande maioria dos portugueses.
Confeciono de varias maneiras este petisco, mas esta receita é uma das mais fáceis e que fica muito saborosa. Em alguns espaços comerciais vendem as aparas de charcutaria a um preço acessível mas de boa qualidade que poderá utilizar para confecionar a bola.


Bola de carne

1 medida de leite
1 medida de óleo
1 medida de ovos
3 medidas de farinha de trigo
Fermento de padeiro q.b.
Sal q.b.
Bacon q.b.
Chouriço de carne q.b.
Fiambre q.b.
Salsichas q.b.
Presunto q.b.


Nota: eu adiciono todas as carnes cozinhadas ou de fumeiro que tenho à mão.

Desfaça o fermento e o sal no leite morno.
Junte o óleo, os ovos e a farinha.
Bata com a ajuda de uma batedeira. (quando a massa começar a fazer bolhas é sinal de que está pronta)
Deixe ficar a levedar num lugar quente, tapada com um pano.
Quando a massa estiver leveda junte as carnes partidas aos cubinhos e envolva.
Leve ao forno médio em tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha.



Dica: aconselho que forre o tabuleiro com papel anti aderente (papel vegetal próprio para forno) e não precisara de untar o tabuleiro com a manteiga nem polvilhar com farinha.


terça-feira, 11 de abril de 2017

Bolo de abacaxi /ananás

A Páscoa já está à porta. Aproveito esta época para vos deixar uma receita bem doce e que está quase sempre presente nas mesas de todos nós que estivemos em África.



Bolo de abacaxi



1 abacaxi em rodelas (pode ser ananás enlatado)
400g de farinha de trigo
6 ovos
350g de açúcar
150g de manteiga ou margarina
2 colheres (chá) de fermento
200g de açúcar para fazer o caramelo


Faça o caramelo de açúcar e barre uma forma. (há quem goste de fazer este bolo num tabuleiro)
De seguida forre a forma com rodelas de abacaxi e reserve.
Bata a manteiga com o açúcar até ficar cremosa. Adicione os ovos um a um batendo sempre.
Junte a farinha (a farinha já deve estar misturada com o fermento) e continue mexendo.
Verta a massa na forma forrada de abacaxi e leve ao forno a uma temperatura média.


Nota: Este bolo leva cerca de 1 hora a cozer, mas se fizer em tabuleiro é um pouco mais rápida a cozedura.


quinta-feira, 6 de abril de 2017

O Peixe em Lisboa 2017 / o concurso da Patanisca




Na segunda feira, dia 3 de Abril, foi o dia do concurso da melhor patanisca de bacalhau em Lisboa. Este evento foi integrado no Peixe em Lisboa 2017. Foi a primeira vez que a patanisca foi a rainha de um concurso e nomeada como um pitéu da gastronomia de Lisboa. É conhecida em todo o nosso país, mas apresentada e cozinhada de maneiras diferentes de zona para zona.
Em Lisboa tem caraterísticas próprias não desfazendo de maneira nenhuma as pataniscas executadas noutras regiões do nosso país. Deem uma olhada á crónica do meu amigo e gastrónomo Virgílio Gomes e ficarão a entender o que eu digo.


Concorreram vários locais emblemáticos de Lisboa onde a patanisca é um pitéu.

Os vencedores foram:
1º. Prémio
A Casa do Bacalhau
Rua do Grilo, 54
Lisboa

2º. Prémio
O Poleiro
Rua de Entrecampos, 53 B
Lisboa

3º. Prémio
D’ Bacalhau
Rua da Pimenta, 45
Parque das Nações – Lisboa

No entanto os restantes finalistas também  têm e continuarão a ter boas pataniscas, aqui ficam identificados em lista, por ordem alfabética:

Bica do Sapato
Avenida Infante D. Henrique
Cais da Pedra, Santa Apolónia
Lisboa

Flores, Bairro Alto Hotel
Praça Camões, 2
Lisboa

Laurentina, o Rei do Bacalhau
Avenida Conde Valbom, 71
Lisboa

O Nobre
Avenida Sacadura Cabral, 53 B
Lisboa

Sem Dúvida
Avenida Elias Garcia, 1 A
Lisboa

Taberna da Rua das Flores
Rua das Flores, 103
Lisboa

Varanda de Lisboa, Hotel Mundial
Praça Martim Moniz, 2
Lisboa


Deixo alguns momentos deste concurso numas filmagens de fraca qualidade... não tenho mesmo jeito.









Algumas fotos do concurso presidido pela minha querida amiga Maria de Lurdes Modesto:













domingo, 2 de abril de 2017

O peixe em Lisboa /chefe Rodrigo Castelo


Ontem, dia 1 de Abril, tive a honra e o prazer de assistir a apresentação de dois showcookings no Peixe em Lisboa dos chefes Rodrigo Castelo e dos chefes  Sergi Arola e Milton Anes.



O chefe Rodrigo Castelo é natural de Santarém, desde cedo desenvolveu o gosto pela cozinha, influenciado pelo pai. Chegado o fim de uma etapa profissional na indústria farmacêutica, decidiu inverter o rumo da sua carreira, concretizando um sonho antigo: a 25 de Outubro de 2013 inaugurou o Taberna Ó Balcão, em Santarém.
O respeito pelos produtos do Ribatejo faz parte da sua forma de cozinhar. Tem desenvolvido um repertório gastronómico de inspiração tradicional e regional que, aliado ao investimento no capítulo da formação e à sua vontade de se superar, lhe permite estabelecer-se como um dos mais promissores cozinheiros portugueses da atualidade.

Já ganhou vários prémios como:

  • Revelação no Tejo Gourmet – 5.º Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo (2015)
  • Medalha de Ouro no 9.º Concurso de Gastronomia com Vinho do Porto (2015)
  • Restaurante recomendado no Guia Repsol (2015)
  • Melhor cozinha de Autor no Tejo Gourmet -6º Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo (2016)
  • Melhor Restaurante no Concurso da Revolta do Bacalhau em 2016
  • 2º melhor Restaurante de Mesa diária pelo Blog Mesa Marcada 2016

No Peixe em Lisboa apresentou-nos uma cozinha baseada no peixe do rio Tejo e na forma como é tradicionalmente cozinhado pelas gentes da beira rio.





Começou por nos mostrar um lagostim do rio, dando-lhe uma apresentação minimalista, mas rica em sabor com a transformação e aproveitamento da casca e da cabeça para intensificar o sabor do lagostim.


Depois foi a vez da fataça (tainha).
Baseando-se na tradicional miga de fataça, tão bem cozinhada pelos pescadores, transformou este prato numa mistura das migas com o tradicional torricado. Dava vontade de saltar da minha cadeira, pegar no garfo e assaltar a panela.



A saboga não podia faltar…

Então com base da saboga espetada e grelhada na lareira, acompanhada de batatas e temperada do molho das bruxas (molho à espanhola) … fiquei sem palavras.





Por ultimo, não podia faltar o sável.
Desta vez maravilhou-nos com um arroz de ovas de sável a acompanhar com o dito peixe frito que normalmente no Ribatejo é passado por farinha de milho antes de fritar.







Não vos deixo aqui as receitas do Rodrigo Castelo pois não seria capaz de as executar como ele, mas deixo umas fotos que tiramos…