Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço.
Volto atrás no tempo! …
Oiço o som do batuque.
Vejo o Cunene correndo.
Sinto a frescura das suas águas.
Lá longe! … a quitandeira chama! …
O sumo das mangas escorre …
Escorre entre os meus dedos.
Ai o sabor! …ai o sabor! …
Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço.
Acompanhada de mil recordações! …
Oiço o som da tua voz,
Sinto o calor do teu corpo,
As carícias das tuas mãos,
O sabor da tua boca!…
Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço.
Caminho! …caminho … caminho! …
Para onde vou?…para a escola?…
Ensinar as minhas crianças? …
Até à pensão do Fonseca? … falar com a Romi? …
Nem eu sei… vou!… vou!…
Até onde a minhas recordações me levarem! …
Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço! …
Na solidão do meu espaço.
Volto atrás no tempo! …
Oiço o som do batuque.
Vejo o Cunene correndo.
Sinto a frescura das suas águas.
Lá longe! … a quitandeira chama! …
O sumo das mangas escorre …
Escorre entre os meus dedos.
Ai o sabor! …ai o sabor! …
Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço.
Acompanhada de mil recordações! …
Oiço o som da tua voz,
Sinto o calor do teu corpo,
As carícias das tuas mãos,
O sabor da tua boca!…
Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço.
Caminho! …caminho … caminho! …
Para onde vou?…para a escola?…
Ensinar as minhas crianças? …
Até à pensão do Fonseca? … falar com a Romi? …
Nem eu sei… vou!… vou!…
Até onde a minhas recordações me levarem! …
Trancada no meu quarto.
Na solidão do meu espaço! …
Conceição Santos